Marie Christine Josso mostra como as “histórias de vida”
se tornaram um instrumento para poder ajudar as pessoas
a tomar consciência daquilo a que se poderia chamar, em termos sociológicos, as determinações que pesam sobre
a sua maneira de estar no mundo. Descobrindo essas determinações, abrem-se outras potencialidades.
Marie Christine Josso
Doutorada em
Sociologia pela Universidade de Genève (1988).
Professora no departamento de Psicologia da
mesma universidade.
Sugestão: Seleccionar da entrevista as frases mais significativas e publicá-las nos comentários deste post.
se tornaram um instrumento para poder ajudar as pessoas
a tomar consciência daquilo a que se poderia chamar, em termos sociológicos, as determinações que pesam sobre
a sua maneira de estar no mundo. Descobrindo essas determinações, abrem-se outras potencialidades.
Marie Christine Josso
Doutorada em
Sociologia pela Universidade de Genève (1988).
Professora no departamento de Psicologia da
mesma universidade.
Sugestão: Seleccionar da entrevista as frases mais significativas e publicá-las nos comentários deste post.
5 comentários:
"não podemos pensar no futuro se não há uma reflexão crítica sobre o que foi o passado e se não pensamos também sobre todos os recursos que acumulámos progressivamente no decurso da nossa vida passada, incluindo também os projectos e os desejos que deixámos e que constituem potencialidades para o futuro."
“É muito importante que,(…) as “histórias de vida” permitam às pessoas fazer um balanço retrospectivo das suas vidas: olhar para todo o caminho percorrido, para os acontecimentos, as situações, as actividades, as pessoas significativas que encontraram” e “(…)considerar nesse balanço os recursos, os projectos e os desejos que são portadores de futuro. No passado, não há somente as coisas que ocorreram, há também todo o potencial que cada indivíduo tem para prosseguir a sua existência no futuro.(…) os dois tempos são importantes, não podemos pensar no futuro se não há uma reflexão crítica sobre o que foi o passado e se não pensamos também sobre todos os recursos que acumulámos progressivamente no decurso da nossa vida passada, incluindo também os projectos e os desejos que deixámos e que constituem potencialidades para o futuro.”
“Tudo o que é dito é importante. Não há coisas menores e outras mais importantes. Tudo o que é dito pode ser trabalhado posteriormente para se descobrir a riqueza no interior da experiência. Podemos mesmo fazê-lo com os jovens. Há jovens entre os 20-25 anos que pensam que não têm nada para nos contar e quando começamos a ouvi-los e a fazer-lhes perguntas, eles próprios ficam surpresos ao perceber que tinham tanto para contar.”
“(…) dá instrumentos às pessoas para terem uma melhor orientação, para fazerem escolhas que estão mais de acordo com elas próprias, consoante as tomadas de consciência que fizeram.”
"No passado, não há somente as coisas que ocorreram, há também todo o potencial que cada indivíduo tem para prosseguir a sua existência no futuro."
Muitas vezes os adultos dizem: "Mas porque é que temos que contar a nossa história de vida e falar do passado?..." É comum os profissionais depararem-se com esta dúvida, pelo que devem estar preparados para saber responder. Se não houver um conhecimento profundo da metodologia de BC e da pertinência da abordagem autobiográfica, será difícil responder a essa questão. O "mágico" do processo é assitir "in loco" à transformação das pessoas quando escrevem a sua autobiografia. Quase sem se aperceberem, as pessoas passam da expressão "eu não sei nada" a "eu sou capaz, eu quero fazer"... Haverá outra profissão que permita participar numa transformação tão poderosa na vida de um ser humano?...
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