segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
Fase de Conclusão
"O meu interesse está no futuro, porque vou passar nele o resto da minha vida"Rosabeth Moss Kanter(N.1943) Académica e autora de Harvard
Fase de Investigação
"Quando uma porta se fecha, abre-se outra porta; mas tantas vezes olhamos tão longamente e com tanto pesar para a porta fechada, que não vemos as que estão abertas para nós" Alexander Graham Bell(1847-1922) Inventor
Fase preliminar
"Trate uma pessoa como ela é e ela continuará como é. Trate-a como ela pode ser e ela tornar-se-á o que deve ser" Jimmy Johnson(N.1943) Treinador Americano de Futebol
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
As histórias de vida abrem novas potencialidades às pessoas
Entrevista com Marie-Christine Josso em Outubro de 2004 na Aprender ao Longo da Vida Nº2
Marie Christine Josso mostra como as “histórias de vida”
se tornaram um instrumento para poder ajudar as pessoas
a tomar consciência daquilo a que se poderia chamar, em termos sociológicos, as determinações que pesam sobre
a sua maneira de estar no mundo. Descobrindo essas determinações, abrem-se outras potencialidades.
Marie Christine Josso
Doutorada em
Sociologia pela Universidade de Genève (1988).
Professora no departamento de Psicologia da
mesma universidade.
Sugestão: Seleccionar da entrevista as frases mais significativas e publicá-las nos comentários deste post.
se tornaram um instrumento para poder ajudar as pessoas
a tomar consciência daquilo a que se poderia chamar, em termos sociológicos, as determinações que pesam sobre
a sua maneira de estar no mundo. Descobrindo essas determinações, abrem-se outras potencialidades.
Marie Christine Josso
Doutorada em
Sociologia pela Universidade de Genève (1988).
Professora no departamento de Psicologia da
mesma universidade.
Sugestão: Seleccionar da entrevista as frases mais significativas e publicá-las nos comentários deste post.
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
Fase de Conclusão do BC – trabalho de grupo
Na última actividade da sessão coube ao nosso grupo (Adérito, Andreia e Ricardo) a reflexão sobre a fase de pós-balanço - área/actividade ainda pouco explorada em que os Projectos desenhados durante o BC são preparados, acompanhados e activados.
Esboçámos um plano de acção elegendo como alvo do nosso exercício um grupo de mulheres que concluíram recentemente um processo de BC e pretendem constituir uma Associação de Apoio a Vítimas de Violência doméstica.
Esta actividade foi projectada como um continuum de sessões, alicerçado em três momentos fundamentais, em que o Animador estaria presente (não impedindo, claro, a sua participação em outras ocasiões se tal fosse solicitado pelo grupo):
- o encontro inicial: seria proposta a actividade “Manta de Retalhos” (apresentada pela Form. Paula Marcolino), que permitiria fazer o levantamento de sugestões para os objectivos e valências da associação. Todas as pessoas seriam instadas a participar, fomentado assim o sentimento de pertença e uma maior diversidade de ideias. Após a selecção das ideias, passar-se-ia ao estabelecimento dum prazo para a constituição da associação e ao levantamento dos passos necessários a tomar (informação sobre legislação, financiamentos, orçamentos, criação de imagem para a associação, logística…). O Animador poderia fornecer alguma orientação sobre estas etapas (Fará isto parte do papel do animador?) e também sugerir aos intervenientes que evocassem as competências identificadas no BC e reflectissem sobre como poderiam ser mobilizadas para a consecução destas tarefas.
Para uma melhor organização, seria sugerida uma ferramenta de trabalho – a agenda semanal –, que consistiria num quadro com o nome de cada membro, a tarefa por que ficava responsável, o resultado que tinha conseguido (a preencher na semana seguinte) e possíveis estratégias a adoptar caso não tivesse sido bem sucedido. Seria também proposto a redacção duma acta por cada encontro realizado.
Por fim, seria sugerido o “Malmequer em construção”, instrumento que permitiria uma fácil visualização do estado e da progressão das actividades (envolvendo uma componente de motivação para o grupo) , em que por cada passo alcançado, se acrescentava uma pétala.
- o encontro intermédio: seria essencialmente uma sessão de reflexão e consolidação da experiência do grupo e do que foi conseguido até ao momento. O Animador pediria aos elementos do grupo que nomeassem as principais dificuldades e bloqueios sentidos e promoveria a enunciação de estratégias para os ultrapassar. Seriam também elencadas possíveis necessidades formativas.
- o encontro final: com a ajuda do “Malmequer completo”, proceder-se-ia a uma reflexão sobre o processo, bem como sobre as competências que foram mobilizadas e as que foram adquiridas.
Marcaria simbolicamente a transição para o início da Associação.
Com estes três encontros pretendia-se fazer sentir aos participantes que estavam a ser acompanhados e simultaneamente fomentar a sua independência.
Esboçámos um plano de acção elegendo como alvo do nosso exercício um grupo de mulheres que concluíram recentemente um processo de BC e pretendem constituir uma Associação de Apoio a Vítimas de Violência doméstica.
Esta actividade foi projectada como um continuum de sessões, alicerçado em três momentos fundamentais, em que o Animador estaria presente (não impedindo, claro, a sua participação em outras ocasiões se tal fosse solicitado pelo grupo):
- o encontro inicial: seria proposta a actividade “Manta de Retalhos” (apresentada pela Form. Paula Marcolino), que permitiria fazer o levantamento de sugestões para os objectivos e valências da associação. Todas as pessoas seriam instadas a participar, fomentado assim o sentimento de pertença e uma maior diversidade de ideias. Após a selecção das ideias, passar-se-ia ao estabelecimento dum prazo para a constituição da associação e ao levantamento dos passos necessários a tomar (informação sobre legislação, financiamentos, orçamentos, criação de imagem para a associação, logística…). O Animador poderia fornecer alguma orientação sobre estas etapas (Fará isto parte do papel do animador?) e também sugerir aos intervenientes que evocassem as competências identificadas no BC e reflectissem sobre como poderiam ser mobilizadas para a consecução destas tarefas.
Para uma melhor organização, seria sugerida uma ferramenta de trabalho – a agenda semanal –, que consistiria num quadro com o nome de cada membro, a tarefa por que ficava responsável, o resultado que tinha conseguido (a preencher na semana seguinte) e possíveis estratégias a adoptar caso não tivesse sido bem sucedido. Seria também proposto a redacção duma acta por cada encontro realizado.
Por fim, seria sugerido o “Malmequer em construção”, instrumento que permitiria uma fácil visualização do estado e da progressão das actividades (envolvendo uma componente de motivação para o grupo) , em que por cada passo alcançado, se acrescentava uma pétala.
- o encontro intermédio: seria essencialmente uma sessão de reflexão e consolidação da experiência do grupo e do que foi conseguido até ao momento. O Animador pediria aos elementos do grupo que nomeassem as principais dificuldades e bloqueios sentidos e promoveria a enunciação de estratégias para os ultrapassar. Seriam também elencadas possíveis necessidades formativas.
- o encontro final: com a ajuda do “Malmequer completo”, proceder-se-ia a uma reflexão sobre o processo, bem como sobre as competências que foram mobilizadas e as que foram adquiridas.
Marcaria simbolicamente a transição para o início da Associação.
Com estes três encontros pretendia-se fazer sentir aos participantes que estavam a ser acompanhados e simultaneamente fomentar a sua independência.
domingo, 17 de fevereiro de 2008
Fase de conclusão (avaliação da sessão)
Aprendi a (re)valorizar a fase de conclusão, à partida pouco relevante, mas que, face às pesquisas, leituras, reflexão conjunta no dia da formação, adequiriu novos significados. A centralidade e potencial do projecto, do plano de acção e do documento-síntese ficaram bem vincadas.
Penso que se conseguiu uma abordagem activa, centrada na "análise de casos", análise de instrumentos, sendo os formandos a explorar e pensar nas formas de os dinamizar...
A questão do BC para públicos específicos foi aflorada e poderá ser aprofundada individualmente ou colectivamente!
O facto determos, neste curso, um grupo restrito de formandos permite-nos escutar todos. Temos pessoas com experiências significativas no campo da educação de adultos, que pretendem uma formação especializada, que se devem "misturar", nas dinâmicas, com os elementos menos experientes.
O grupo evidenciou um interesse forte pelos instrumentos e toda a bibliografia e eles associados (fichas técnicas). Mas, mais importante, revelou um interesse igualmente marcado pelas questões relacionais e de mediação.
Penso que se conseguiu uma abordagem activa, centrada na "análise de casos", análise de instrumentos, sendo os formandos a explorar e pensar nas formas de os dinamizar...
A questão do BC para públicos específicos foi aflorada e poderá ser aprofundada individualmente ou colectivamente!
O facto determos, neste curso, um grupo restrito de formandos permite-nos escutar todos. Temos pessoas com experiências significativas no campo da educação de adultos, que pretendem uma formação especializada, que se devem "misturar", nas dinâmicas, com os elementos menos experientes.
O grupo evidenciou um interesse forte pelos instrumentos e toda a bibliografia e eles associados (fichas técnicas). Mas, mais importante, revelou um interesse igualmente marcado pelas questões relacionais e de mediação.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
Sugestões para auto-formação
Revista Portuguesa de Pedagogia, dedicada ao tema "Educação e Formação de Adultos"
Ano 41-3, 2007
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra
"A Educação de Adultos numa Encruzilhada - Aprender a nossa saída"
Mathias Finger e José Manuel Asún
Porto Editora, 2003
"Educação e Formação de Adultos: Factor de Desenvolvimento, Inovação e Competitividade"
Isabel Melo e Silva, José Alberto Leitão e Maria Márcia Trigo
ANEFA, 2002
"Ensinar Adultos"
Gerard Malglaive
Porto Editora, 1995
Ano 41-3, 2007
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra
"A Educação de Adultos numa Encruzilhada - Aprender a nossa saída"
Mathias Finger e José Manuel Asún
Porto Editora, 2003
"Educação e Formação de Adultos: Factor de Desenvolvimento, Inovação e Competitividade"
Isabel Melo e Silva, José Alberto Leitão e Maria Márcia Trigo
ANEFA, 2002
"Ensinar Adultos"
Gerard Malglaive
Porto Editora, 1995
Momentos de partilha...
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
Fase de Conclusão do BC - Susana Rocha
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
Recomendo para ler
Gestão e Desenvolvimento de Competências
Organizador: Mário Ceitil
Edições Sílabo, Ld.ª
1.ª Edição
Lisboa, 2006
e ainda...
Manual de Competências Pessoais, Interpessoais e Instrumentais-Teoria e Prática
Autores: José Neves, Margarida Garrido, Eduardo Simões
Edições Sílabo, Ld.ª
1.ª Edição
Lisboa, 2006
Organizador: Mário Ceitil
Edições Sílabo, Ld.ª
1.ª Edição
Lisboa, 2006
e ainda...
Manual de Competências Pessoais, Interpessoais e Instrumentais-Teoria e Prática
Autores: José Neves, Margarida Garrido, Eduardo Simões
Edições Sílabo, Ld.ª
1.ª Edição
Lisboa, 2006
Trabalho do Futuro
"O trabalho do futuro(...) expõe os actores/trabalhadores, grupos, gestores, a exigências de auto-organização, autodisciplina, e sobretudo auto-aprendizagem permanentes, competências relacionais, iniciativa, sentido de risco, disponibilidade para novas formas de gestão das mobilidades profissional e de carreira, problemas de adaptação a sistemas de controlo e incentivos muito diferentes, até a riscos de interpenetração entres as esferas familiar e do trabalho" Mário Ceitil, 2006, p.17
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
Ainda a viagem de Coimbra para a Feira
Pausa antes de início do curso
Finalmente consegui publicar a foto no Blogue. É a primeira vez que participo num blogue. Comecei com dificuldade mas, quem quer, sempre alcança. O nosso grupo vem do Centro. Encontra-se em Coimbra e partilha várias competências interpessoais e instrumentais, como estabelecer objectivos, resolver problemas e tomar decisões, comunicação interpessoal, negociação, trabalho em equipa, saber conduzir, orientar-se... Ha! e além disso, estas competências são "exercidas", ou seja, existem na e pela acção. Comentem, concordem, discordem, acrescentem...
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
Projecto Quelo_ Encontro Transnacional
Nos passados dias 24 e 25 de Janeiro de 2008 realizou-se o Encontro Europeu do projecto Quelo/ Programa Leonardo da Vinci, participado pelos membros da Federação Europeia dos Centros de Balanço e Orientação Profisisonal (FECBOP).
Estiveram representados delegados dos seguintes países: França; Itália; Bélgica; Alemanha; Suiça; Espanha; Grécia e Holanda e o próprio Presidente da FECBOP Jean Pierre Vacher.
O encontro teve lugar no Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I,P. e contou também com a participação de alguns formandos do Curso de Animadores de Balanço de Competências.
Dos assuntos tratados nas mesas redondas, salientam-se as seguintes ideias, que poderão ser alvo de reflexão e debate em sessões do Curso ou mesmo em trabalhos de Seminário:
- Balanço de Competências e Validação de Adquiridos - que diferenças e proximidades?
- Que soluções inovadoras/ criativas e ferramentas informáticas se encontram disponíveis ou devem ser construídas, com vista à promoção da autonomia e empowerment do sujeito em processos de Orientação, Balanço e Validação de Adquiridos?*
*Nesta matéria passam-se a citar alguns exemplos trabalhados em vários projectos pela ANOP:
- A plataforma electrónica "Vidas.com" (http://www.vidas.com.pt/), como estrutura de aprendizagem assistida que pode operar como módulo introdutório ao processo de RVCC
- A Aprenditeca, como espaço aberto de aprendizagem, dotado de recursos pedagógicos e monitorização técnica.
- O Arco- íris das profissões, actividade desenvolvida no âmbito do "Quiosque da Vida Activa", como metodologia que promove a iniciativa e participação activa do sujeito ao nível da integração no mercado de trabalho
- O Net-quiosque, como plataforma electrónica que possibilita um conjunto de informaçãoes úteis ao nível da orientação.
- A plataforma informática Gestão de Percursos, como recurso disponível ao sujeito para apoiar a auto-gestão/apropriação dos seus próprios trajectos/ percursos formativos e profissionais.)
Por último, saliente-se a intervenção do professor Joaquim Coimbra da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, cujas ideias se apresentam de forma sumária:
· O Processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências como um dispositivo social importante, mas que em Portugal demonstra um problema estrutural (muito orientado para o atingir das estatísticas de qualificação e o aumento da escolaridade da população adulta portuguesas.
· O Processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências como um processo de negociação constante entre sujeito e sociedade;
· Em Portugal coexistem práticas diversas em torno da operacionalização do conceito de competências e da metodologia de Balanço de Competências, sendo que com o Programas Novas Oportunidades implementado pelo actual Governo, surge a Carta de Qualidade que visa garantir a regularização do processo, favorecendo a sua seriedade, qualidade e reconhecimento social (pela comunidade e pelas empresas).
· A garantia de qualidade do Processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências dependerá também dos diversos parceiros sociais envolvidos no projecto.
DESAFIO:
Fico então à espera (no seguimento da proposta já adiantada pela formadora Paula Marcolino), que façam comentários e que quem teve a oportunidade de estar presente, apresente o seu ponto de vista do Encontro, para que possamos todos criar uma efectiva comunidade aprendente e interactiva:)!!!
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
Sessões 02-02-2008
Este foi uma dia de mudanças!
Mudança de formador, mudança de estratégias, mudança de temas.
Imprevistos nas sessões anteriores (das boas dúvidas que surgiram), tivemos que condensar os temas das duas sessões previstas para o dia, uma vez que foi necessário abordar a tanto a fase preliminar (não inicialmente prevista) como a fase de exploração do Balanço de Competências (BC), num tempo previsto apenas para a última mencionada. Tarefa complicada.
Tentei inovar em relação às edições anteriores. E se a sala fosse um pouquinho mais espaçosa (e com menos mesas)... Ah! Aí é que teríamos desenvolvido mais dinâmicas (e não apenas "descarregar" nos sacos).
Muito bem, para enquadrar e conjugar o que se assemelha e o que se diferencia entre estas duas fases do BC, realizámos alguns exercício de reflexão, para além de alguma experimentação prática e, claro, aquilo que todos gostámos: os sacos plásticos, os bombons e licor beirão, o licor de romã e o salame de chocolate... a não esquecer, mas só para o fim ("depois a da lição dada") - obrigada queridos formandos.
A um sábado é difícil pedir muito "espaço neurológico" para realizar tarefas e reflectir sobre algo que ainda está em crescimento, mas o grupo correspondeu.
Boas ideias foram pronunciadas e, na minha opinião, foi produtivo para todos.
Os exercício práticos pretenderam colocar os formandos no ponto de vista do "indivíduo sujeito a um BC" e partiram de experiências pessoais, nomeadamente através de algo que, talvez, nunca pensassem que pudesse servir de instrumento de mediação: um objecto pessoal escolhido na hora.
Logo ali nos deparámos com diferentes abordagens a um mesmo objectivo e, por vezes, essas mesmas abordagens correspondiam a outro tipo de objectivos, diferenciação que tentou ser esclarecida.
Trancrevo, aqui, dois dos textos que mais interesse suscitaram (parece-me), para que sejam colocados os comentários que os participantes desejem, sejam aqueles que foram produzidos nas sessões de formação e também outros (surgidos, talvez, na folia do Carnaval).
Continuação de bom trabalho.
Helga Marques
P.S.- Se acharem necessário, podem transcrever os restantes textos para que os comentários fiquem mais completos e se possam abordar outros pontos de vista.
____________
(2 dos) Textos trabalhados nas sessões:
«E não me deixarás perder o sentido da minha vida - concluiu com as suas próprias palavras.
Certa tarde, voltou para casa mais cedo do que o costume, e encontrou a viúva sentada na soleira da porta.
- O que estás a fazer?
- Nada tenho que fazer - respondeu ela.
- Então aprenda algo. Neste momento, muitas pessoas já desistiram de viver. Não se aborrecem, não choram, esperam apenas que o tempo passe. Não aceitaram os desafios da vida, e a vida já não as desafia mais. A senhora também corre esse perigo: reaja, enfrente a vida, mas não desista.
- A minha vida voltou a ter um sentido - disse ela, olhando para baixo. - desde que o senhor chegou.
Elias resolveu interromper imediatamente a conversa, porque não sabia como continuá-la.
- Comece a fazer alguma coisa - disse, mudando de assunto. - Assim o tempo será um aliado, e não um inimigo.
- O que posso aprender?
Elias pensou um pouco.
- A escrita de Biblos. Será útil, se tiver que viajar uma dia.
A mulher resolveu dedicar-se àquele estudo de corpo e alma. Jamais pensara em sair de Akbar mas - pelo modo como ele falara - talvez estivesse a pensar levá-la com ele.
Sentiu-se livre novamente. Novamente, acordou de madrugada, e caminhou sorrindo pelas ruas da cidade.»
De: "O Monte Cinco"; Coelho, Paulo
___________
«SAIR e VOLTAR
Podemos dividir a vida em duas categorias elementares. Ou estamos em casa ou vamos sair.
Tudo o resto são pormenores irrelevantes.
A necessidade de sair e depois voltar é muito forte.
Vejam o que acontece às pessoas que não querem estar em casa e são obrigadas a ficar. Ficam abatidas. E quando alguém fica fechado fora de casa e não consegue entrar quando quer? Enlouquece.
Quando saímos, tudo fica ligeiramente fora de controlo e torna-se muito excitante. Tudo pode acontecer. Podemos ver qualquer coisa. Podemos até tomar parte em qualquer coisa. Temos mesmo de sair. Quando voltamos a casa, parecemos o maestro de uma orquestra. Sabemos onde está tudo e como tudo funciona. deslocamo-nos com toda a confiança de uma parte da casa para a outra. Sabemos exactamente onde é que vamos e o que vai acontecer quando lá chegarmos. Somos o maestro de uma sinfonia onde só há peúgas e cuecas. E é por dominarmos tudo tão bem que temos de sair.»
De: "Linguagem Seinfeld"; Seinfeld Jerry
Mudança de formador, mudança de estratégias, mudança de temas.
Imprevistos nas sessões anteriores (das boas dúvidas que surgiram), tivemos que condensar os temas das duas sessões previstas para o dia, uma vez que foi necessário abordar a tanto a fase preliminar (não inicialmente prevista) como a fase de exploração do Balanço de Competências (BC), num tempo previsto apenas para a última mencionada. Tarefa complicada.
Tentei inovar em relação às edições anteriores. E se a sala fosse um pouquinho mais espaçosa (e com menos mesas)... Ah! Aí é que teríamos desenvolvido mais dinâmicas (e não apenas "descarregar" nos sacos).
Muito bem, para enquadrar e conjugar o que se assemelha e o que se diferencia entre estas duas fases do BC, realizámos alguns exercício de reflexão, para além de alguma experimentação prática e, claro, aquilo que todos gostámos: os sacos plásticos, os bombons e licor beirão, o licor de romã e o salame de chocolate... a não esquecer, mas só para o fim ("depois a da lição dada") - obrigada queridos formandos.
A um sábado é difícil pedir muito "espaço neurológico" para realizar tarefas e reflectir sobre algo que ainda está em crescimento, mas o grupo correspondeu.
Boas ideias foram pronunciadas e, na minha opinião, foi produtivo para todos.
Os exercício práticos pretenderam colocar os formandos no ponto de vista do "indivíduo sujeito a um BC" e partiram de experiências pessoais, nomeadamente através de algo que, talvez, nunca pensassem que pudesse servir de instrumento de mediação: um objecto pessoal escolhido na hora.
Logo ali nos deparámos com diferentes abordagens a um mesmo objectivo e, por vezes, essas mesmas abordagens correspondiam a outro tipo de objectivos, diferenciação que tentou ser esclarecida.
Trancrevo, aqui, dois dos textos que mais interesse suscitaram (parece-me), para que sejam colocados os comentários que os participantes desejem, sejam aqueles que foram produzidos nas sessões de formação e também outros (surgidos, talvez, na folia do Carnaval).
Continuação de bom trabalho.
Helga Marques
P.S.- Se acharem necessário, podem transcrever os restantes textos para que os comentários fiquem mais completos e se possam abordar outros pontos de vista.
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(2 dos) Textos trabalhados nas sessões:
«E não me deixarás perder o sentido da minha vida - concluiu com as suas próprias palavras.
Certa tarde, voltou para casa mais cedo do que o costume, e encontrou a viúva sentada na soleira da porta.
- O que estás a fazer?
- Nada tenho que fazer - respondeu ela.
- Então aprenda algo. Neste momento, muitas pessoas já desistiram de viver. Não se aborrecem, não choram, esperam apenas que o tempo passe. Não aceitaram os desafios da vida, e a vida já não as desafia mais. A senhora também corre esse perigo: reaja, enfrente a vida, mas não desista.
- A minha vida voltou a ter um sentido - disse ela, olhando para baixo. - desde que o senhor chegou.
Elias resolveu interromper imediatamente a conversa, porque não sabia como continuá-la.
- Comece a fazer alguma coisa - disse, mudando de assunto. - Assim o tempo será um aliado, e não um inimigo.
- O que posso aprender?
Elias pensou um pouco.
- A escrita de Biblos. Será útil, se tiver que viajar uma dia.
A mulher resolveu dedicar-se àquele estudo de corpo e alma. Jamais pensara em sair de Akbar mas - pelo modo como ele falara - talvez estivesse a pensar levá-la com ele.
Sentiu-se livre novamente. Novamente, acordou de madrugada, e caminhou sorrindo pelas ruas da cidade.»
De: "O Monte Cinco"; Coelho, Paulo
___________
«SAIR e VOLTAR
Podemos dividir a vida em duas categorias elementares. Ou estamos em casa ou vamos sair.
Tudo o resto são pormenores irrelevantes.
A necessidade de sair e depois voltar é muito forte.
Vejam o que acontece às pessoas que não querem estar em casa e são obrigadas a ficar. Ficam abatidas. E quando alguém fica fechado fora de casa e não consegue entrar quando quer? Enlouquece.
Quando saímos, tudo fica ligeiramente fora de controlo e torna-se muito excitante. Tudo pode acontecer. Podemos ver qualquer coisa. Podemos até tomar parte em qualquer coisa. Temos mesmo de sair. Quando voltamos a casa, parecemos o maestro de uma orquestra. Sabemos onde está tudo e como tudo funciona. deslocamo-nos com toda a confiança de uma parte da casa para a outra. Sabemos exactamente onde é que vamos e o que vai acontecer quando lá chegarmos. Somos o maestro de uma sinfonia onde só há peúgas e cuecas. E é por dominarmos tudo tão bem que temos de sair.»
De: "Linguagem Seinfeld"; Seinfeld Jerry
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