Já dizia alguém que “Não se sabe bem, seja o que for; senão muito tempo, depois de ter aprendido”.
Se percorrermos de uma forma extensa e intensa a bibliografia sobre Avaliação iremos encontrar tantas definições quantos os autores, os pontos de vista… deixo-vos alguns:
“A avaliação é um método de colecta e processamento de dados necessário à melhoria da aprendizagem.” (Bloom, Hastings e Madaus)
“Avaliar é obter informações que se vão utilizar em seguida para tomar decisões ou para modificar uma decisão já tomada.” (Y. Tourner)
“…define-se como uma nota de uma modalidade ou de um critério considerado num comportamento ou num produto.” (Landsheere, 1994)
“Planificar, recolher informação, formular juízos de valor, tomar decisões… são estes os quatro momentos indispensáveis para definir um comportamento avaliativo! O facto de não vivermos isolados – somos um animal social – obriga-nos a ponderar, nas nossas decisões, nas decisões dos outros, com quem temos de interagir nos caminhos, cruzamentos, rotundas, praças, avenidas, fruto das nossas opções avaliativas. Avaliar, é assim um comportamento objectivo, mas não neutro. Quem avalia parte de pressupostos que se constituem, desde logo, parte integrante do processo de avaliação.” (Rodrigues, 2006, 6ªed.)
Segundo Hadji (1994) avaliação denomina-se o acto pelo qual se formula um juízo de “valor” incidindo num objecto determinado (indivíduo, situação, acção, projecto, etc) por meio de um confronto entre duas séries de dados que são postos em relação:
- dados que são da ordem do facto em si e que dizem respeito ao objecto real a avaliar;
- dados que são da ordem do ideal e que dizem respeito a expectativas, intenções ou a projectos que se aplicam ao mesmo objecto.
Chama-se REFERENTE ao conjunto das normas ou critérios que servem de grelha de leitura ao objecto a avaliar; e REFERIDO àquilo que desse objecto será registado através dessa leitura.
Assim, segundo Rodrigues (2006, 6ªed.) o processo é assim duplamente enganador:
- O avaliador só encontrará aquilo que procura, nem mais nem menos. (REFERENTE)
- Mas, aquilo que ele procura é fruto, não da realidade externa a avaliar, mas das próprias condições de constituição do processo avaliativo. (referido)
Volto à mesma frase que tanto gosto: Avaliar, é assim um comportamento objectivo, mas não neutro. (Rodrigues, 2006, 6ªed.)
Para quem quiser consultar deixo aqui algumas pistas bibliográficas:
HADJI, C. (1994). A Avaliação, regras do jogo. Porto: Porto Editora.
LANDSHEERE, V. (1994). Educação Formação. Porto: Edições Asa.
RODRIGUES, M. C. E FERRÃO, L.B. (2006, 6ª Ed.). Formação pedagógica de Formadores. Lisboa: LIDEL – Edições Técnicas.
CURY, A. (2005, 9ªed.). “Pais brilhantes, Professores fascinantes.” Cascais, Portugal: Editora Pergaminho.
segunda-feira, 14 de abril de 2008
domingo, 13 de abril de 2008
E nós?... Que Balanço de Competências fazemos deste Curso?
"Cada um de nós tem dentro de si uma estrela. É uma estrela com um brilho próprio. E expressa o seu sentir, as suas diferentes maneiras de sentir, de uma forma muito própria.
Partilhar Sentires faz parte do Caminho de Uma Estrela, que é formado por vários passos.
Passinhos mais cambaleantes,
passos mais confiantes,
mas passinhos de estrela. E, por isso, poderão deixar sempre um rasto de luz."
Graça Gonçalves, do Jogo de Afecto Sentires
Gostava de ver neste espaço todas as "estrelas" deste Curso a brilhar e a partilhar diferentes ou comuns "sentires"... Eu sei que o cansaço se vai apoderando de nós e, por vezes, até nos enfraquece a "luz", mas não nos esqueçamos que o nosso trabalho é um privilégio e que todos os dias lidamos com verdadeiras estrelas cadentes, que deixam um rasto de luz e esperança nas nossas vidas!...
Devíamos seguir o exemplo dessas "estrelas" que nos vão dando alento ao longo dos dias...
Da janela de Narciso... vejo um novo futuro à minha espera...
Da sessão sobre avaliação, com a Dr.ª Florinda Coelho*, recordo a imagem "Da janela de Narciso...".
Esta imagem e esta metáfora podem aplicar-se precisamente à auto-avaliação do processo de balanço de competências com um sentido prospectivo, que é uma das questões que mais preocupa enquanto técnica.
Depois de um certo “egocentrismo”, em que o adulto se focalizou, sobretudo, nas suas experiências de vida, nas suas competências, é agora tempo, já não apenas de olhar para o espelho e pela janela, mas de sair pela porta grande, rumo a novos percursos e desafios, com mais consciência de si e das suas potencialidades.
Depois de um processo de BC, é fundamental tentar analisar a importância e o impacto do mesmo na vida do adulto, para que todo o trabalho realizado anteriormente adquira sentido e para que o adulto se consciencialize da importância da aprendizagem ao longo da vida, nos mais variados contextos.
O posicionamento face ao futuro deverá estar sempre presente num processo de balanço de competências, aliás, ele é essencial. O Prof. António Fragoso, da Universidade do Algarve, utiliza uma frase que penso que resume a essência da avaliação dos processos de BC: “Redescobrir quem sou para reinventar quem posso ser”…
No entanto, será que actualmente, nos processos de RVCC, que supostamente deverão estar a utilizar como metodologia o BC, se dá a devida importância ao projecto, ao planeamento do futuro?... Que impacto estarão a ter estes processos se não houver, efectivamente, um apoio por parte dos técnicos na “reinvenção” de quem os adultos poderão ser no futuro? Estaremos desta forma a contribuir para o aumento da qualificação?...
* Por lapso, referi que esta imagem foi apresentada pela Dr.ª Susana Rocha. Peço desculpa pelo sucedido.
quinta-feira, 3 de abril de 2008
ACESSO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU INCAPACIDADE AO PROCESSO DE RVCC
DESPACHO N.º 29176/2007,
DE 21 DE DEZEMBRO (II SÉRIE)
"Mediante o cumprimento de determinados requisitos, os Centros Novas Oportunidades e as entidades formadoras de ofertas de educação e formação de adultos devem integrar pessoas com deficiências ou incapacidade nas actividades que vêm exercendo para a demais população. "
Leia o diploma completo em http://www.inr.pt/bibliopac/diplomas/2_d_2007_29176_mtss_me.htm
DE 21 DE DEZEMBRO (II SÉRIE)
"Mediante o cumprimento de determinados requisitos, os Centros Novas Oportunidades e as entidades formadoras de ofertas de educação e formação de adultos devem integrar pessoas com deficiências ou incapacidade nas actividades que vêm exercendo para a demais população. "
Leia o diploma completo em http://www.inr.pt/bibliopac/diplomas/2_d_2007_29176_mtss_me.htm
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